Por: Carolina Cotta - Estado de Minas
O mais indicado é que esses processos aconteçam ainda no alicerce. Se os problemas de infiltração aparecem depois, o custo é maior
A chegada do período chuvoso vem acompanhada de alguns incômodos para quem não se preocupou com a impermeabilização durante a construção, ou não a renovou com o passar dos anos. E com a chuva já não há muito o que fazer. Os sistemas de impermeabilização devem ser contemplados desde a fundação do imóvel, já no alicerce, e englobam cuidados especiais também com as paredes e a laje. Há, claro, a opção de fazer reparos em edificações prontas, mas como alerta o engenheiro civil Rogério Machado, da Casa do Impermeabilizante, o preventivo sai bem mais barato que o corretivo. “De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a impermeabilização corresponde a 2% do custo da obra”, alerta.
Segundo o especialista, para os alicerces existem as pinturas e mantas asfálticas, além das argamassas poliméricas. Para as paredes são indicadas tintas acrílicas e à base de silicone, pois elas impedem a passagem de água. Para as lajes, recomendam-se as mantas asfálticas e as mantas líquidas. A primeira é uma manta pré-fabricada aplicada na superfície com a ajuda de um maçarico ou autoadesivo. A manta líquida é moldada no próprio local, por meio da aplicação de várias camadas. Tem, entretanto, algumas restrições, como áreas sujeitas a trânsito. “Os produtos disponíveis já estão no mercado há algum tempo. Não há muita novidade nesse sentido”, comenta.
Mas se a casa já está pronta e começam a aparecer as infiltrações e vazamentos a solução vai depender da origem do problema. Pode ser que ele apareça próximo aos rodápes, a chamada umidade ascendente. “Isso, geralmente, é resultado de um erro construtivo, quando a fundação fica abaixo do nível da casa”, explica o engenheiro. Na parede, a umidade é resultado da chamada batida de chuva, no caso da que recebe a água diretamente em suas estrutura. Se for essa a questão, podem ser aplicados impermeabilizantes sobre a pintura, sobre os revestimentos e mesmo sobre a pedra.
Se o problema vem de uma laje e essa já tiver um piso colocado, a opção é removê-lo, fazer a impermeabilização e só então recolocar o piso. Segundo Rogério, essas soluções de impermeabilização duram de 10 a 15 anos e depois desse período devem ser trocadas para manter a eficiência da barreira. Há ainda opções de impermeabilização para usar na subcobertura, caso das mantas colocadas abaixo das telhas. “Também é possível impermeabilizar telhas metálicas e de amianto com mantas de alumínio autoadesivas”, conta o especialista, que chama a atenção para a importância de impermeabilizar banheiros e demais áreas frias da construção com argamassa polimérica estruturada com véu de poliéster.
SUSTENTÁVEIS
Telhados verdes em casas e edifícios contribuem com o paisagismo urbano e com a redução da poluição ambiental, por ajudar na drenagem de chuvas. A aplicação e uso de vegetação sobre a cobertura de edificações também traz melhorias no conforto térmico e acústico tanto no inverno como no verão?- o que permite a redução do consumo energético?, na manutenção da umidade relativa do ar e na purificação do ar no entorno da estrutura. Porém, antes de investir em um telhado verde é necessário considerar todas as variáveis do projeto para que uma boa iniciativa não se torne dor de cabeça.
É fundamental avaliar a resistência da estrutura, o desnível da área que vai receber a vegetação e, principalmente, o projeto de impermeabilização do local. Entre as principais consequências de um projeto mal-estruturado estão os vazamentos e as infiltrações. “Embora o conceito de construir um jardim sobre uma edificação seja simples, a execução precisa de cuidados com a impermeabilização para evitar que essa ação tão benéfica traga transtornos indesejáveis”, alerta o engenheiro Flávio de Camargo, gerente técnico e de Marketing da Denver Impermeabilizantes. A manta asfáltica é uma das soluções para esse ambiente.
Fonte: http://opopular.lugarcerto.com.br/